segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Cidade do Lixo no Egito

    Nem só de pirâmides e esfíges é composta a paisagem do Egito. Você já ouvir falar da cidade do lixo? Isso mesmo! Até parece exagero, mas é a pura realidade. Existe um bairro no Cairo (capital do Egito - a maior metrópole do continente africano), situado a apenas 20 minutos de um dos mais lendários e famosos cartões postais do mundo, chamado Manshyiat Naser, em que as ruas, as calçadas e as casas são totalmente tomadas por detritos, restos, sucatas e sujeiras de todas as espécies. O cenário é aterrorizante e o cheiro é insuportável para quem não vive ali. Na verdade, trata-se de uma favela e são os próprios moradores, conhecidos como Zabbaleens (lixeiros), que levam esse lixo para lá. Para nós pode até parecer absurdo, mas para eles esse se tornou um modo de vida absolutamente normal. Veja só o que diz uma das moradoras do bairro: “Sou muito feliz e não penso em sair daqui. Esta é a minha vida: encontrar frutas e alimentos em bom estado nestes restos orgânicos”. O local é repleto de cortiços, nos quais cada família armazena o que consegue coletar pelas ruas da grande capital egípsia e separa o que possa ser útil para vender ou até para uso próprio: Pois há mais de 50 anos, os habitantes dessa comunidade, formada por aproximadamente 30 mil pessoas que representam a minoria cristã do Egito, vivem da reciclagem e conseguem aproveitar 80% de tudo o que coletam (cerca de um terço de todo o detrito que é produzido no Cairo). O que não pode ser reciclado vira comida para os porcos e o restante é queimado. Essa parcela da população vive à margem da sociedade, praticamente excluída de seu sistema econômico pelo simples fato de serem cristãos; pois o Egito é um país muçulmano totalmente contrário ao cristianismo ou a qualquer outra religião que não professe a fé islâmica. A religião é, com certeza, o fator principal para que eles se mantenham excluídos da sociedade tendo que sobreviver como podem. Em 2009, usando como pretexto a epidemia H1N1 (inicialmente conhecida como gripe suína), o governo mandou sacrificar todos os porcos dessa comunidade, os quais também sempre representaram uma grande ajuda para esse tão sofrido povo; Além do mais, a falta de porcos tem feito é aumentar ainda mais a quantidade de lixo pelas ruas, pois eles eram um fator essencial na reciclagem porque comiam aquilo que não podia ser aproveitado ou queimado. Porém o principal problema em questão agora é o fato de que essa excessiva falta de higiene tem contribuído para o aumento da população de ratos e outros animais e insetos consumidores naturais de produtos deteriorados e também de bactérias nocivas ao ser humano, os quais têm resultado em variados tipos de doenças para aqueles que vivem ali. Confira as impressionantes imagens abaixo:























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