Já se passaram 19 anos do terrível e vergonhoso massacre do Carandiru ocorrido no dia 02 de outubro de 1992. De forma covarde e desnecessária, 360 soldados da Polícia Militar invadiram a Casa de Detenção para controlar uma rebelião e mataram friamente centenas de detentos desarmados: oficialmente o número seria de 111 mortos, mas existem evidências de que tenham morrido muito mais. O único a ser preso por essa barbaridade foi o Coronel Ubiratã Guimarães que depois de ter sido condenado a 632 anos de prisão teve a sentença anulada, e foi assassinado misteriosamente, talvez por sua mulher, pouco depois de sair da prisão.
O que estou criticando aqui não é a questão se bandido merece morrer ou não, mas sim a questão de que vivemos num país civilizado aonde se deve, ou se deveria, manter a lei e a ordem, e nenhum cidadão ou nem mesmo a polícia está autorizada a fazer "justiça" com as próprias mãos como bem entender. Sou fervorosamente contra a pena de morte primeiramente por ser cristão e em segundo lugar porque isso não resolveria o problema da violência e da criminalidade. A melhor forma de amenizar essas duas graves doenças da sociedade é combatê-la desde o berço, ou seja: investindo em saúde, alimentação, educação e geração de empregos. Falando de geração de empregos, seria também de vital importância que todos os detentos tivessem a oportunidade de trabalhar para pagarem por seus crimes e sustentarem a si próprios, e ao mesmo tempo aprenderem uma profissão para não terem desculpas pra retornarem à criminalidade quando estiverem novamente nas ruas. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), entre 1995 e 2005 a população carcerária no país cresceu 143,91%, passando de cerca de 148 mil presos para mais de 361 mil. Já entre dezembro de 2005 e dezembro de 2009, o número de detentos aumentou de 361.402 para 473.626, o equivalente a um crescimento, em quatro anos, de 31,05%. Já no estado de São Paulo, segundo dados oficiais do governo, diariamente, cem pessoas deixam as prisões paulistas, enquanto outras 137 são encarceradas.
Atenção! As imagens abaixo são muito fortes! Não prossiga se não aguentar vê-las!
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